Numa civilização em que a tecnologia é crucial para o sucesso, existe pouco espaço para a solidariedade*. Mas quando meditamos profundamente sobre a vida passamos a nos identificar até mesmo com as formigas e as lagartas. Poderemos fracassar como fazendeiros, porque , provavelmente, nos recusaremos a usar inseticidas para matar as pragas. E se não tivermos coragem de matar um animal, como poderemos apontar uma arma para outro ser humano? Se viermos a ser funcionários do Ministério da Defesa, poderemos encorajar as pessoas a serem objetoras de consciência. Se viermos a ser governadores, poderemos nos opôr à construção de usinas nucleares em nosso estado e, assim, sermos expulsos do sistema. Muitos de nós compartilham esse sentimento. Sentimo-nos constrangidos com a nossa sociedade e expressamos nossa oposição de múltiplas maneiras. (...) Esse tipo de compreensão não é resultado de nenhuma ideologia ou sistema de pensamento, mas fruto da experiência direta da realidade em seus múltiplos relacionamentos. Ele requer o abandono do pensamento habitual que fragmenta a realidade, realidade que na verdade é indissolúvel.
Corpo de Dharma, Corpo de Sangha
Há 5 dias
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