domingo, março 29, 2009

Idéias Como Obstáculos à Verdadeira Felicidade

quarta-feira, março 18, 2009

Você sabe como nutrir o seu amor?

Disse o Buda que "nada pode sobreviver sem alimento". Eis uma verdade simples e muito profunda. O amor e o ódio são coisas vivas. Se você não nutrir o seu amor, ele morrerá. Se você cortar a fonte de alimentação da sua violência, ela morrerá. Se você quiser que seu amor perdure, terá que nutrí-lo todos os dias. O amor não pode viver sem alimento. Se você não cuidar do seu amor, ele morrerá depois de algum tempo e talvez o ódio ocupe o seu lugar.

Você sabe como nutrir o seu amor?

Se não alimentarmos o ódio, ele também morrerá. O ódio e o sofrimento crescem dia após dias por que nós os nutrimos com mais alimentos.

Com que tipo de alimento você tem nutrido sua desesperança e seu ódio?

Se você estiver deprimido, talvez não lhe reste força e energia. Talvez você sinta vontade de morrer. Por que você se sente assim? A depressão não surge sem mais nem menos, do nada. Se conseguirmos identificar o alimento que nutriu nossa depressão, poderemos parar de consumi-lo. Com isso, em poucas semanas nossa depressão morrerá de inanição. Se você não souber que está cultivando sua depressão, continuará a fazer isso todos os dias. O Buda dizia que se soubermos examinar nosso sofrimento em profundidade e identificar o que o alimenta, já estamos a caminho da emancipação.

terça-feira, março 03, 2009

Acolher a Dor

Voltar para nós mesmos, para reconhecer a nosa dor, a nossa aflição, nosso medo e nossa raiva é uma prática fundamental. A plena consciência e a concentração nos ajudam a fazê-lo sem o medo de sermos arrastados por essas energias negativas. Muitos de nós tememos estar sozinhos consigo mesmos, por temer a enorme quantidade de medo, solidão e raiva que existe em nós. Por isso tentamos disfarçar e evitar esses blocos de sofrimento consumindo comida, televisão, livros e álcool. Com a energia gerada quando se respira e se caminha com plena consciência é possível entrar em contato com a própria dor sem que ela nos domine.

A energia da plena consciência nos ajuda a reconhecer a dor e acolhê-la carinhosamente, como uma mãe cuidando do bebê que chora. Quando o bebê chora, a mãe pára o que estiver fazendo, pega a criança e segura-a com ternura em seus braços. A energia da mãe penetra no bebê que logo se sente reconfortado. Quando reconhecemos e acolhemos a dor e a aflição em nós, elas se acalmam como o bebê nos braços da mãe.

Ao tocarmos a raiva, a dor e o medo com plena consciência, podemos reconhecer as raízes das nossas aflições. Com plena consciência podemos reconhecer também o sofrimento na pessoa que amamos. Se ela fala ou age agressivamente, podemos compreender que ela é vítima de um sofrimento com o qual não sabe lidar. Esta percepção faz com que desejemos ajudar essa pessoa a transformar seu sofrimento do mesmo modo que transformamos o nosso.

No momento em que experimentamos a felicidade e a paz verdadeiras é muito fácil transformar a nossa raiva. Não precisamos lutar mais. Nossa raiva começa a se desmanchar porque conseguimos introduzir elementos de paz e alegria no nosso corpo e na nossa consciência todos os dias. Esta prática básica pode transformar a raiva, o medo e a violência que carregamos dentro de nós, para que possamos ser mais úteis a nós mesmos e ao nosso país.