domingo, julho 29, 2007

Morte e Renascimento

Quando olhamos em profundidade para a manifestação coletiva e individual, vemos que eu e não-eu não podem se separar um do outro. Vemos também que o ciclo de renascimento repete-se a todo instante. Não temos que esperar morrer para renascermos. Renascemos a todo momento. Lembre-se do círculo do bastão de incenso: aquele lume renasce a cada instante. A luz deste momento é o renascimento da luz do momento anterior. Não é verdade que temos outros dez, vinte, cinquenta ou mais anos de vida até morrermos. De fato, estamos morrendo a cada momento. Estamos morrendo agora mesmo e a nossa morte poderia produzir algo muito bonito e precioso, exatamente como a morte de um instante de luz possibilita o novo instante de luz renascer.(...)]

Se compreendermos que é necessário para o nosso corpo que nossas células morram para que novas celulas possam nascer, não perderíamos tempo lamentando a nossa perda. Seria uma vergonha encarar esse processo como uma coisa triste. O ciclo de renascimento confia no caminho traçado pelo corpo, pela fala e pela mente. A cada instante temos que comunicar a energia de leveza, libertação, paz e alegria de modo que a vida, o ciclo de nascimento e morte, possa ser mais belo para nós e para todo o mundo.

1 comentários:

Anônimo disse...

Thay escreveu: "Quando olhamos em profundidade para a manifestação coletiva e individual, vemos que eu e não-eu não podem se separar um do outro."

Por isso, não há morte - e por isso, não há "re"nascimento.

Thay sempre apresenta as noções mais difíceis e complexas de modo claro, direto e simples.

Muito obrigado.

Paulo