Este é o Segundo, na sequência de iniciarmos o ano com a prática dos Três Toques da Terra. É uma prática muito especial que nos ajuda a retornar à Terra e às nossas raízes espirituais e de sangue, restabelece a comunicação e as conexões que costumamos perder pouco a pouco em meio à nossa vida.
Tocando a terra, conecto-me a todas as pessoas e a todas as espécies que estão vivas neste momento, neste mundo comigo. Sou um com o maravilhoso padrão de vida que se irradia em todas as direções. Sinto a estreita conexão existente entre mim e os outros – sinto como todos nós compartilhamos felicidade e sofrimento. Sou um também com aqueles que nasceram deficientes ou que foram incapacitados em decorrência de guerras, acidentes ou doenças. Sou um com os que foram subjugados em uma situação de guerra e opressão. Sou um também com os que não encontram felicidade na vida familiar, que não têm raízes e nem paz de espírito, que têm sede de compreensão e amor, que estão a procura de algo bonito, sadio e verdadeiro a que possam abraçar e em que possam acreditar. Sou alguém prestes a morrer, que está com muito medo e não sabe o que vai acontecer. Sou ao mesmo tempo a criança que vive em um lugar onde existe miséria e doença, cujos braços e pernas se assemelham a gravetos e que não têm futuro. Sou o fabricante de bombas que são vendidas aos países pobres. Sou o sapo nadando no lago e sou também a cobra que precisa do corpo do sapo para alimentar seu próprio corpo. Sou a lagarta e a formiga que o pássaro está procurando para comer. E sou também o pássaro que está procurando a lagarta e a formiga. Sou a floresta que está sendo devastada. Sou os rios e o ar que estão sendo poluídos e sou a pessoa que derruba a floresta e polui os rios e o ar. Vejo a mim mesmo em todas as espécies e também vejo todas as espécies em mim.
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